Comemorando 30 anos desde o lançamento do primeiro chassi de ônibus Volkswagen, a linha Volksbus coleciona diversos momentos marcantes em sua trajetória, e também muitas histórias para contar. Dentre elas, está a emblemática exportação de 700 ônibus versão fretamento para o cliente Tamimi & Saihaati Transport Company - TASECO, na Arábia Saudita entre 2001 e 2004, feitos sob medida para atender ao mercado do Oriente Médio. Em parte daquele lote, o principal detalhe estava no encarroçamento: oitenta Volksbus 17.240 OT possuíam o teto removível.
Em parceria com a Marcopolo, a solução na carroceria foi pensada para os muçulmanos que realizam o ritual chamado “Hajj”, que é a peregrinação anual para as cidades sagradas Meca e Medina. Durante o percurso, alguns peregrinos não podem ter nenhuma obstrução entre suas cabeças e o céu. O processo de montagem contou com a participação de colaboradores das áreas de Engenharia, Manufatura, Qualidade Assegurada e Exportação, que acompanharam todo o processo de montagem dos ônibus e auxiliaram na inspeção dos mesmos.
“O transporte de peregrinos tem uma logística muito complexa e nada pode falhar, sob risco de comprometer a chegada dos mesmos às cidades sagradas de Meca e Medina. Os ônibus Volkswagen mostraram robustez, velocidade e manutenção simples. Para que essa conquista fosse alcançada, houve um empenho muito grande dos colaboradores envolvidos, tornando possível todo o processo de montagem. Um destacado esforço de todos permitiu a execução da montagem e liberação dos chassis para o Oriente Médio”, recordou Ivan Ryzyk, analista de produto da VWCO que esteve na Arábia Saudita e participou de todas as etapas do processo de exportação.
Mais de 40 mil km em testes
Os ônibus Volksbus adquiridos pela TASECO representaram o maior número de veículos exportados para a região naquele período. “Durante os testes, rodamos em várias cidades do país, enfrentando tempestades de areia e temperaturas que chegavam a 50 graus. Percorremos mais de 40 mil quilômetros em rotas pela Arábia Saudita sem nenhum tipo de guia ou ajuda de algum morador do país, o que acabou se tornando uma aventura para nós também”, acrescentou Ivan.
Além de possuírem um pacote de alterações técnicas pensando nas condições climáticas do país, por conta da alta temperatura, os veículos contavam com um novo pacote de arrefecimento e pneus especiais. Também vinham com peças que atendessem os requisitos do projeto e tradução das etiquetas e literatura de bordo para o idioma local.